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Capítulo 1 Ver capítulo
1 No oitavo mês, no segundo ano do reinado de Dario, foi dirigida ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ado, a palavra do Senhor, nestes termos:
2 O Senhor irou-se em extremo contra vossos pais.
3 Tu dirás (a estes seus filhos): Assim fala o Senhor dos exércitos: Voltai outra vez a mim, diz o Senhor dos exércitos, e ou voltarei de novo a vós, diz o Senhor dos exércitos.
4 Não sejais como vossos pais, aos quais os profetas que vos precederam lançaram este apelo: Isto diz o Senhor dos exércitos: Convertei-vos dos vossos maus caminhos, das vossas malvadas acções. Eles não me ouviram, não me deram atenção, diz o Senhor.
5 Onde estão já vossos pais? E porventura vivem os profetas eternamente?
6 Mas as minhas palavras e as minhas ordens dadas aos meus servos, os profetas, acaso não atingiram vossos pais? (Sim, e de tal forma que) eles então se converteram, dizendo: Como o Senhor dos exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os nossos caminhos e segundo as nossas obras, assim de facto nos tratou.
7 No segundo ano do reinado de Dario, aos vinte e quatro dias do mês undécimo, que é o mês (chamado) de Sabat, foi dirigida ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ado, a palavra do Senhor, nestes termos:
8 Tive de noite uma visão: Apareceu-me um homem montado num cavalo vermelho, parado entre umas murteiras, que havia no fundo do vale; atrás dele estavam mais cavalos, uns ruivos, outros alazões, e outros brancos.
9 Eu disse: Quem são estes. Senhor meu? E o anjo que falava comigo disse-me: Vou mostrar-te quem são estes.
10 O homem que estava parado entre as murteiras tomou a palavra e disse: Estes são os que o Senhor enviou a percorrer a terra.
11 Então eles dirigiram-se ao anjo do Senhor, que estava entre as murteiras, e disseram-lhe; Nós temos percorrido a terra, e eis que toda a terra (vizinha de Israel) está habitada e em repouso.
12 O anjo do Senhor disse: Senhor dos exércitos, até quando diferirás tu o compadecer-te de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estás irritado, há setenta anos?
13 Neste ponto o Senhor, dirigindo-se ao anjo que falava comigo, disse-lhe boas palavras, palavras de consolação.
14 E o anjo que falava comigo disse-me: Proclama o seguinte: Isto diz o Senhor dos exércitos: Eu sinto um grande zelo por Jerusalém e por Sião,
15 e estou sumamente irritado contra estas nações que vivem satisfeitas, porque eu somente estava um pouco agastado (contra Israel), mas elas excederam a medida (do castigo que eu planeava).
16 Portanto isto diz o Senhor: Volto novamente para Jerusalém com entranhas de misericórdia; a minha casa será nela reedificada, diz o Senhor dos exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém (para a reconstruir).
17 Proclama ainda o seguinte: Assim fala o Senhor dos exércitos: As minhas cidades ainda hão-de ser Cheias de bens; o Senhor ainda consolará Sião, ainda escolherá Jerusalém.
18 Em seguida levantei os meus olhos, pus-me a olhar e vi quatro hastes.
19 Perguntei ao anjo que falava comigo: Que é isto? Respondeu-me: Estas são as hastes que dispersaram Judá, Israel e Jerusalém,
20 Depois o Senhor mostrou-me quatro ferreiros.
21 Eu perguntei: Que vêm estes fazer? Respondeu-me: Aquelas hastes haviam dispersado Judá de forma que ninguém ousava levantar a cabeça; mas estes vieram para as deitar abaixo, para abater as hastes (ou o poder) das nações, que levantaram a sua força contra o pais de Judá, para dispersar (os seus habitantes).
Capítulo 2 Ver capítulo
1 Levantei os meus olhos, pus-me a olhar e vi um homem que tinha na sua mão um cordel de medir.
2 Interroguei-o: Para onde vais tu? Respondeu-me: Vou medir Jerusalém, ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento.
3 E eis que apareceu o anjo que falava comigo, e outro anjo veio-lhe ao encontro
4 e disse-lhe: Corre, fala a este jovem assim: Jerusalém será habitada sem muros, por causa da multidão de homens e de animais que haverá no meio dela.
5 Eu mesmo, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo, que a cercará, serei no meio dela a sua glória.
6 De pé! De pé! Fugi da terra do aquilão, diz o Senhor, porque eu vos espalhei para os quatro ventos do céu, diz o Senhor, (somente para vos castigar).
7 Salva-te ó Sião, que habitas na cidade de Babilônia!
8 Porque isto diz o Senhor dos exércitos: Para glória me enviou o Senhor contra as nações que vos despojaram : aquele que tocar em vós, toca na menina dos seus olhos.
9 Eis que vou levantar a minha mão contra estes povos, e eles virão a ser presa daqueles que eram seus escravos; assim conhecereis que o Senhor dos exércitos é que me enviou.
10 Filha de Sião, entoa cânticos, alegra-te, porque eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor.
11 Naquele dia se chegarão muitas nações ao Senhor, e serão o meu povo; habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos é que me enviou a ti.
12 O Senhor possuirá Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá outra vez Jerusalém.
13 Toda a carne esteja em silêncio diante da face do Senhor, porque ele se levantou da sua santa habitação.
Capítulo 3 Ver capítulo
1 Depois O Senhor mostrou-me o sumo sacerdote Josué, que estava em pé diante do anjo do Senhor; Satanás estava à sua direita para se lhe opôr.
2 O (anjo do) Senhor disse a Satanás: O Senhor te reprima, ó Satanás; reprima-te o Senhor que escolheu (para si) Jerusalém. Porventura não é este (Josué, como que) um tição que foi tirado do fogo?
3 Ora Josué estava revestido de hábitos sujos, e posto em pé diante do anjo.
4 Este tomou a palavra e falou aqueles que estavam diante dele, dizendo; Tirai-lhe esses hábitos sujos. Depois disse a Josué: Eis que tirei de ti a tua iniquidade e te revesti de roupas de gala.
5 E acrescentou: Ponde-lhe na cabeça uma tiara limpa. E puseram-lhe na cabeça uma tiara limpa e revestiram-no de preciosos vestidos. Entretanto o anjo do Senhor estava de pé.
6 Em seguida, o anjo do Senhor fez esta declaração a Josué;
7 Isto diz o Senhor dos exércitos: Se andares nos meus caminhos, se observares tudo o que tenho mandado que se observe, governarás a minha casa, guardarás os meus átrios, e eu te darei lugar entre estes que estão aqui presentes.
8 Ouve, ó Josué, sumo sacerdote, tu e os teus colegas, que se sentam junto de ti — porque são homens que simbolizam o futuro — Eis que farei vir o meu servo Germen.
9 Eis a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu mesmo a lavrarei com o cinzel, diz o Senhor dos exércitos, e num só dia tirarei a iniquidade desta terra.
10 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, cada um chamará o seu amigo para debaixo da sua videira e da sua figueira.
Capítulo 4 Ver capítulo
1 O anjo que falava comigo voltou e despertou-me, como a um homem a quem despertam do seu sono.
2 Perguntou-me: Que vês tu? Respondi: Vejo um candeeiro todo de ouro, que tem um depósito no alto, sete lâmpadas sobre os seus braços e sete canais para (fazer correr o azeite para) as lâmpadas que estão no alto do candeeiro.
3 Há também por cima dele duas oliveiras: uma à direita do depósito e outra à sua esquerda.
4 Então retomei a palavra e disse ao anjo que falava comigo: Meu Senhor, que quer isto dizer?
5 O anjo que falava comigo respondeu: Não sabes o que isto é? Respondi: Não, meu Senhor.
6 Então ele explicou: Esta é a palavra que o Senhor dirige a Zorobabel: Nem por meio dum exército, nem pela força, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos.
7 Quem és tu, ó grande monte (de dificuldades)? Diante de Zorobabel, torna-te uma planície. Ele porá a pedra de remate, em meio de aclamações: Graça, graça a ela!
8 Foi-me dirigida a palavra do Senhor, nestes termos:
9 As mãos de Zorobabel puseram os fundamentos desta casa, as suas mãos a hão-de acabar. Assim saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a vós.
10 Porque, quem desprezaria este dia de pequenas coisas? Alegrar-se-ão quando virem o fio de prumo na mão de Zorobabel. Estes sete olhos são os olhos do Senhor, que discorrem por toda a terra.
11 Retomei a palavra e disse-lhe: Que significam estas duas oliveiras, uma à direita do candeeiro, e outra à sua esquerda?
12 De novo interroguei: Que significam estes dois ramos de oliveira, que, por dois tubos de ouro, deixam correr o ouro (isto é, azeite dourado)?
13 Ele respondeu-me: Não sabes o que Isto significa? Eu disse; Não, meu Senhor.
14 Ele explicou: Estas duas oliveiras são os dois ungidos que assistem diante do Senhor de toda a terra (como seus ministros).
Capítulo 5 Ver capítulo
1 (Em seguida) levantei os olhos, pus-me a olhar e vi um livro que voava.
2 (O anjo) disse-me; Que vês tu? Respondi: Vejo um livro que voa, o qual tem vinte côvados de comprido e dez côvados de largo.
3 Então disse-me (o anjo): Esta é a maldição que vai difundir-se sobre a face de todo o país; todo o ladrão será expulso por ela, e todo o que jura (falso) será, da mesma sorte, lançado fora por ela.
4 Eu a deixarei espalhar-se, diz o Senhor dos exércitos, e ela irá à casa do ladrão, e à casa do que jura falsamente em meu nome; ficará no meio da casa (de cada um) deles e a consumirá com a sua madeira e as suas pedras.
5 O anjo que falava comigo, aproximou-se e disse-me; Levanta os olhos e vê o que aparece.
6 Eu disse: Que é isto? Ele respondeu-me: É um efa que aparece. E acrescentou: É a iniquidade deles em toda a terra.
7 Depois vi que era levantado um disco de chumbo e reparei que uma mulher estava sentada no efa.
8 Então disse (o anjo): Eis a iniquidade. E precipitou-a no fundo do efa e tapou a boca do efa com o disco de chumbo.
9 Depois levantei os olhos e olhei: apareceram duas mulheres, e o vento soprava nas suas asas; tinham asas como as duma cegonha. E levantaram o efa entre a terra e o céu.
10 Eu disse ao anjo que falava comigo: Para onde levam elas o efa?
11 O anjo respondeu-me: Para a terra de Senaar a fim de que lhe seja edificada uma casa, e fique ali colocada e posta sobre a sua base (a iniquidade).
Capítulo 6 Ver capítulo
1 De novo levantei os olhos e olhei : vi quatro carros que saíam dentre duas montanhas, e estas duas montanhas eram montanhas de bronze.
2 No primeiro carro havia cavalos vermelhos, no segundo carro havia cavalos negros,
3 no terceiro carro havia cavalos brancos, e no quarto carro havia cavalos malhados, fortes.
4 Tomei a palavra e disse ao anjo que falava comigo: Que significam estas coisas, meu Senhor?
5 O anjo respondeu-me: Estes são os quatro ventos do céu, que saem para estar diante do Senhor de toda a terra (a fim de executar as suas ordens).
6 Os cavalos negros, seguem para a terra do aquilão, os brancos para oriente, os baios para a terra do meio-dia.
7 Os (cavalos) vigoroso, logo que saíram, pediram para percorrer toda a terra. E (o anjo) disse-Ihes: Ide, percorrei a terra. E eles percorreram a terra.
8 Depois chamou-me e disse: Os que se dirigiram para a terra do aquilão, fizeram repousar o meu espírito na terra do aquilão.
9 Foi-me dirigida a palavra do Senhor, nestes termos :
10 Recebe o que te derem os exilados, as ofertas de Holdai, Tobias e Idaia; irás neste mesmo dia e entrarás em casa de Josias, filho de Sofonias, os quais vieram de Babilônia.
11 Tomarás prata e ouro, e farás coroas, que porás sobre a cabeça do sumo sacerdote Josué, filho de Josedec.
12 Falar-lhe-ás desta maneira: Assim fala o Senhor dos exércitos: Eis o homem cujo nome é Germen: onde ele está, alguma coisa há-de germinar. Ele é que há-de edificar o templo do Senhor.
13 Reconstruirá o templo do Senhor, usará insígnias reais, sentar-se-á e dominará sobre o seu trono; será sacerdote sobre o seu trono, e haverá entre os dois uma perfeita paz.
14 Estas coroas serão para Helem, Tobias, Idaia e Hen, filho de Sofonias, como um monumento no templo do Senhor.
15 Homens que estão longe, virão e trabalharão na fábrica do templo do Senhor, e vós sabereis que o Senhor dos exércitos é que me enviou a vós. Isto acontecerá, se ouvirdes com submissão a voz do Senhor vosso Deus.
Capítulo 7 Ver capítulo
1 No ano quarto do reinado de Dario, foi dirigida a palavra do Senhor a Zacarias, no dia quarto do nono mês, que é o de Casleu.
2 Betel enviou Sarasar, Rogomelec e os homens que estavam com ele para apresentar as suas orações diante do Senhor
3 e fazer aos sacerdotes da casa do Senhor dos exércitos e aos profetas esta pergunta: Porventura devo eu chorar no quinto mês, jejuando, como já o fiz durante muitos anos (Que durou o cativeiro)?
4 Foi-me dirigida a palavra do Senhor dos exércitos, nestes termos:
5 Dize a todo o povo do pais e aos sacerdotes o seguinte: Quando vós jejuáveis e choráveis no quinto e sétimo mês, durante estes setenta anos, foi por meu respeito que jejuastes?
6 Quando comestes e bebestes, não foi para vós que comestes e bebestes?
7 Porventura não são estas as coisas que disse o Senhor por meio dos profetas que nos precederam, quando Jerusalém era ainda habitada e estava Cheia de riquezas, ela e as cidades circunvizinhas, e quando havia população em Negueb e Sefeíah?
8 Foi dirigida a Zacarias a palavra do Senhor, nestes termos:
9 Assim fala o Senhor dos exércitos: Julgai segundo a verdadeira justiça, e cada um de vós exerça com seu irmão obras de amor e de misericórdia,
10 Não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre; nenhum forme no seu coração maus desígnios contra os outros.
11 Porém eles não quiseram atender (à minha voz), antes se retiraram voltando-me as costas, e taparam os seus ouvidos para não ouvirem.
12 Tornaram o seu coração (duro) como um diamante, para não ouvirem o ensinamento e as palavras que o Senhor dos exércitos lhes dirigia pelo seu Espírito, por meio dos profetas do passado. Por isso se acendeu contra eles uma grande indignação do Senhor dos exércitos.
13 Sucedeu que (o Senhor) os chamou e que eles não o ouviram. Assim, quando eles gritarem, eu não os ouvirei, diz o Senhor dos exércitos.
14 Dispersei-os por todos os reinos que lhes eram desconhecidos; atrás deles ficou o país desolado, não havendo quem por ele transitasse. Transformaram num deserto uma terra de delícias.
Capítulo 8 Ver capítulo
1 A palavra do Senhor dos exércitos fez-se ouvir, nestes termos:
2 Isto diz o Senhor dos exércitos; Tenho grande zelo por Sião, zelo-a com grande cólera (contra os seus inimigos).
3 Isto diz o Senhor dos exércitos: Volto para Sião, venho habitar no meio de Jerusalém; Jerusalém chamar-se-á a cidade da fidelidade, e o monte do Senhor dos exércitos monte santo.
4 Isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém se verão velhos e velhas, tendo cada um na mão um cajado por causa da sua muita idade;
5 os largos da cidade estarão cheios de meninos e meninas, que brincarão nas suas pragas.
6 Isto diz o Senhor dos exércitos: Se o que eu predigo para esse tempo parecer impossível aos olhos dos que restarem deste povo, acaso será .isso impossível a meus olhos? — diz o Senhor dos exércitos.
7 Assim fala o Senhor dos exércitos: Eis que vou livrar o meu povo, tirando-o da terra do oriente e da terra do ocidente.
8 Eu os trarei, e eles habitarão no meio de Jerusalém; serão o meu povo, e eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça.
9 Isto diz o Senhor dos exércitos: Confortem-se as vossas mãos, ó vós, que nestes dias ouvis estas palavras da boca dos profetas, agora que foram lançados os fundamentos da casa do 'Senhor dos exércitos, para que o templo seja reedificado.
10 Antes destes dias, não havia salário para os homens, nem tinham paga os animais, nem havia paz para o que entrava nem para o que saía, por causa do inimigo; eu tinha deixado todos os homens uns contra os outros.
11 Agora, porém, não tratarei os restos deste povo como nos dias antigos, diz o Senhor dos exércitos.
12 A sementeira é de paz: a vinha dará o seu fruto, a terra os seus produtos, os céus darão o seu orvalho, e eu farei que os restos deste povo possuam todos estes bens.
13 Acontecerá que, assim como vós éreis uma maldição entre as nações, ó casa de Judá e casa de Israel, assim vos salvarei, e vós sereis uma bênção. Não temais, armem-se as vossas mãos de fortaleza.
14 Isto diz o Senhor dos exércitos: Assim como resolvi afligir-vos, quando vossos pais me provocaram a ira, diz o Senhor,
15 e não voltei atrás, assim, resolvo, pelo contrário, nestes dias fazer bem à casa de Judá e a Jerusalém. Não temais.
16 Eis o que deveis fazer: Falai verdade, uns aos outros, julgai às vossas portas segundo a verdade e para a paz.
17 Nenhum forme no seu coração maus desígnios contra os outros; não gosteis de fazer juramentos falsos, porque todas estas coisas eu as aborreço, diz o Senhor.
18 Foi-me dirigida a palavra do Senhor dos exércitos, nestes termos:
19 Isto diz o Senhor dos exércitos; O jejum do quarto (mês), o jejum do quinto, o jejum do sétimo e o jejum do décimo mês converter-se-ão para a casa de Judá em gozo e alegria, em festivas solenidades. Mas amai a verdade e a paz.
20 Isto diz o Senhor dos exércitos: Virão povos e habitantes de grandes cidades.
21 Os seus habitantes irão ter uns com os outros, dizendo: Vamos e apresentemos as nossas preces na presença do Senhor, busquemos o Senhor dos exércitos. Pela minha parte (dirá cada um), irei.
22 Então virão muitos povos e poderosas nações buscar o Senhor dos exércitos em Jerusalém, fazer as suas orações na presença do Senhor.
23 Isto diz o Senhor dos exércitos: Naqueles dias, dez homens de todas as línguas das nações lançarão mão de um judeu, agarrarão a fímbria do seu vestido, dizendo: Iremos convosco, porque soubemos que (o verdadeiro) Deus está convosco.
Capítulo 9 Ver capítulo
1 Oráculo. A palavra do Senhor (pesa) sobre a terra de Hadrac, repousa em Damasco, porque ao Senhor pertencem as cidades de Aram, assim como todas vizinhas as tribos de Israel.
2 (Este oráculo é) também contra Hamat, que confina com Damasco e contra Tiro e Sidónia, apesar da sua sabedoria.
3 Tiro levantou as suas fortificações, amontoou prata como terra, e ouro como lama das ruas.
4 Eis que o Senhor se apoderará dela, precipitará a sua fortaleza no mar, e será devorada pelo fogo.
5 Ascalon verá isto e ficará a tremer; vê-lo-á também Gaza e ficará possuída de intensa dor; Acaron se afligirá, porque foi enganada a sua esperança; em Gaza não haverá mais rei, e Ascalon ficará despovoada.
6 O estrangeiro (conquistador) terá a sua residência em Azot, e eu destruirei a soberba dos Filisteus.
7 Tirarei da boca deste povo o sangue, e as suas abominações dentre os seus dentes; ele também será um resto para o nosso Deus, será como uma família em Judá; Acaron será tratado como um Jebuseu.
8 Acamparei em volta da minha casa, guardando-a das idas e vindas (do inimigo); o opressor não passará mais por aí, porque eu olho agora para ela com olhos favoráveis.
9 Salta de alegria, ó filha de Sião, enche-te de júbilo, ó filha de Jerusalém. Eis que o teu rei vem a ti, justo e vitorioso; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre o potrinho duma jumenta.
10 Então exterminarei os carros de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém; os arcos que servem na guerra serão quebrados. Ele anunciará a paz às nações; o seu poder se estenderá de um mar até ao outro mar, desde o rio até às extremidades da terra.
11 Quanto a ti, também, por causa do sangue da tua aliança, farei sair os teus cativos da fossa em que não há água.
12 Tornai para a vossa praça forte, ó cativos (cheios) de esperança: hoje também vos anuncio que vos darei dobrados bens.
13 Porque reteso Judá como um arco, ponho Efraim como flecha; suscitarei os teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia; e te farei (irresistível) como a espada dos valentes.
14 O Senhor Deus aparecerá sobre eles (os Judeus), e a sua flecha partirá como relâmpago; O Senhor Deus os animará pelo som da trombeta e marchará entre as borrascas do meio-dia.
15 O Senhor dos exércitos os protegerá; eles devorarão (os seus inimigos) e os sujeitarão com as pedras das suas fundas; bebendo (o seu sangue), se embriagarão como com vinho, ficarão cheios como os copos e como os ângulos do altar.
16 O Senhor seu Deus os salvará naquele dia, como rebanho do seu povo; à maneira de pedras santas, brilharão sobre a sua terra.
17 Que felicidade, que beleza a dele! O trigo dará crescimento aos jovens, e o vinho novo às virgens.
Capítulo 10 Ver capítulo
1 Pedi ao Senhor chuvas serôdias, e o Senhor fará brilhar o relâmpago, dar-vos-á chuvas em abundância, a cada um erva no campo.
2 (Como já vistes) os terafins deram respostas vãs,os adivinhos tiveram visões mentirosas; os sonhos apresentados são vãos, as consolações são consolações falsas; por isso (os vossos crédulos pais) foram levados como um rebanho, foram afligidos, porque não tinham pastor.
3 O meu furor acende-se contra os pastores, castigarei os bodes. Sim, o Senhor dos exércitos terá cuidado do seu rebanho, da casa de Judá, e fará dela como que o seu cavalo de glória na guerra.
4 De Judá sairá o ângulo, dele a estaca, dele o arco de guerra, dele todos os chefes.
5 Serão como heróis que, nas refregas, pisarão aos pés o inimigo, como a lama das ruas; pelejarão valorosamente, porque o Senhor está com eles; e por eles serão confundidos os cavaleiros (dos seus adversários).
6 Fortalecerei a casa de Judá, salvarei a casa de José; restabelecê-los-ei porque me compadecerei deles; serão como se os não tivesse rejeitado, porque eu sou o Senhor seu Deus: ouvi-los-ei.
7 (Os de) Efraim serão como heróis, e o seu coração se alegrará como (com) o vinho; os seus filhos os verão e se alegrarão, e o seu coração exultará no Senhor.
8 Eu lhes assobiarei e os congregarei, porque os resgatei; multiplicá-los-ei, como antes se tinham multiplicado.
9 Semeá-los-ei por entre os povos, e eles de longe de recordarão de mim; instruirão seus filhos, e tomarão a vir.
10 Reconduzi-los-ei da terra do Egipto, congregá-los-ei da Assíria, introduzi-los-ei na terra de Galaad e no Líbano, e não se achará lá lugar (bastante) para eles (por serem numerosos).
11 Israel passará o mar, do Egipto, (o Senhor) ferirá as ondas do mar, todas as profundidades do Nilo ficarão descobertas. A soberba de Assur será humilhada, e o ceptro do Egipto será tirado.
Capítulo 11 Ver capítulo
1 Abre, ó Líbano, as tuas portas, e devore o fogo os teus cedros.
2 Lamenta-te, cipreste, porque os cedros caíram, porque as (árvores) magníficas foram destruídas; gemei, carvalhos de Basan, porque o espesso bosque foi cortado.
3 Ouve-se a lamentação dos pastores (ou chefes), porque a sua grandeza foi destruída; ouvem-se os rugidos dos leões, porque a soberba do Jordão foi aniquilada.
4 Isto diz o Senhor meu Deus: Apascenta estas ovelhas destinadas para o matadouro,
5 as quais os seus donos matam sem se compadecerem delas, cujos vendedores dizem; Bem-dito seja o Senhor, que estou rico! — sem que os seus próprios pastores tenham compaixão delas.
6 Eu, pois, não perdoarei mais aos habitantes desta terra, diz o Senhor; entregarei os homens uns aos outros, e nas mãos do seu rei; arruinarão o país, e não livrarei ninguém da sua mão.
7 Então pus-me a apascentar as ovelhas destinadas ao matadouro para os mercadores.Então (diz: o profeta) tomei dois cajados, a um dos quais chamei Graça, e a outro União, e levei o rebanho a pastar.
8 Suprimi três pastores num mês. Depois perdi a paciência com as ovelhas, e também elas se aborreceram de mim.
9 Eu disse: Não vos apascentarei mais; o que morre, morra; o que se corta, corte-se; e os que escaparam, que se devorem uns aos outros.
10 Eu então tomei o cajado que se chamava Graça, e quebrei-o para assim desfazer a aliança que tinha feito com todos os povos.
11 Ficou quebrado naquele dia, e os mercadores do rebanho, que me observavam, reconheceram assim que isto era palavra do Senhor.
12 Eu disse-lhes: Se vos parece bem, dai-me o salário que me é devido (já que não me quereis por pastor); se não, guardai-o. Então pagaram-me pelo meu salário trinta moedas de prata.
13 O Senhor disse-me: Arroja ao oleiro esse dinheiro, essa bela soma pela qual me apreciaram. Tomei as trinta moedas de prata e lancei-as na casa do Senhor para o oleiro.
14 Depois quebrei o meu segundo cajado que se chamava União, para dissolver a fraternidade entre Judá e Israel.
15 O Senhor disse-me: Aparelha-te agora como um pastor insensato.
16 Com efeito, eis que vou suscitar na terra um pastor que não visitará as ovelhas abandonadas, que não buscará as que se desgarram, que não curará a doente, que não sustentará a sã, mas que comerá a carne das gordas e quebrará as suas unhas.
17 Ai do mau pastor, que abandona o rebanho! Que a espada caia sobre o seu braço e sobre o seu olho direito! Que se seque o seu braço e que o seu olho direito seja coberto de trevas.
Capítulo 12 Ver capítulo
1 Oráculo. Palavra do Senhor contra Israel. Palavra do Senhor, que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito que o homem tem dentro de si:
2 Eis que farei de Jerusalém um copo inebriante para todos os povos circunvizinhos. Esta palavra é também para Judá, quando se cercar Jerusalém.
3 Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos aqueles que a levantarem, ficarão magoados; coligar-se-ão contra ela todos os reinos da terra.
4 Naquele dia, diz o Senhor, ferirei de pasmo todos os cavalos, e de delírio os que montam neles; abrirei os meus olhos sobre a casa de Judá, mas ferirei de cegueira os cavalos de todos os povos.
5 Então dirão os chefes de Judá no seu coração; A força dos habitantes de Jerusalém reside no Senhor dos exércitos, seu Deus.
6 Naquele dia farei que os chefes de Judá sejam como um tição de fogo, que se mete debaixo da lenha, como um facho aceso entre a palha; devorarão à direita e à esquerda todos os povos circunvizinhos, e Jerusalém permanecerá firme no seu lugar.
7 O Senhor salvará as tendas de Judá, para que a altivez da casa de Davide e a dos habitantes de Jerusalém não se elevem em detrimento de Judá.
8 Naquele dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém: o mais fraco dentre eles será (tão valente) como Davide, e a casa de Davide surgirá aos olhos deles como Deus, como um anjo do Senhor.
9 Naquele dia procurarei esmagar todas as nações que vierem contra Jerusalém.
10 Derramarei sobre a casa de Davide e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de preces, e eles porão os olhos em mim. Quanto àquele que traspassaram, chorá-lo-ao com pranto, como se chora um filho único, terão dele um sentimento, como se costuma ter na morte de um primogênito.
11 Naquele dia haverá um grande pranto em Jerusalém, como o pranto de Adadremmon, no campo de Magedon.
12 A terra chorará, família por família: a família da casa de Davide à parte, com suas mulheres à parte;
13 a família da casa de Natan à parte, com suas mulheres à parte; a família da casa de Levi à parte, com suas mulheres à parte; a família de Semei à parte, com suas mulheres à parte;
14 todas as outras famílias (se lamentarão), família por família, com suas mulheres à parte.
Capítulo 13 Ver capítulo
1 Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davide e para os habitantes de Jerusalém, para se lavarem as manchas do pecado e da impureza.
2 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, exterminarei do pais (até) os nomes dos ídolos, de forma que deles não haverá mais memória; tirarei dele os falsos profetas e o espírito de impureza.
3 Se alguém intentar ainda inculcar-se por profeta, seu pai e sua mãe, que os geraram, lhe dirão: Tu não viverás, pois que disseste mentira em nome do Senhor.— E seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão, quando se tiver metido a profetizar.
4 Naquele dia serão confundidos os (falsos) profetas, cada um pela sua visão, quando profetizarem ; não mais se cobrirão (hipócritamente) com o manto de pêlos para mentirem,
5 mas (cada um deles) dirá: Eu não sou profeta, sou um agricultor, emprego em que me ocupo desde a minha mocidade.
6 Se alguém lhe disser: Que ferimentos São esses entres os teus braços? — responderá: Recebi estes ferimentos na casa dos meus amigos.
7 Ó gládio, levanta-te contra o meu pastor, contra o homem da minha intimidade, diz o Senhor dos exércitos! Fere o pastor, e serão dispersas as ovelhas; voltarei a minha mão mesmo contra os pequeninos.
8 Em todo o país, diz o Senhor, haverá dois terços que serão exterminados, que perecerão, e um terço que ficará nele.
9 Farei passar este terço pelo fogo e purificá-lo-ei como se purifica a prata, prová-lo-ei como se prova o ouro. Ele invocará o meu nome, e eu o ouvirei. Dirlhe-ei: Tu és o meu povo — e ele dirá: lavé é o meu Deus.
Capítulo 14 Ver capítulo
1 Eis que está a chegar um dia do Senhor, em que os teus despojos serão divididos, no meio de ti.
2 Juntarei todas as nações para darem batalha contra Jerusalém: a cidade será tomada, as casas serão destruídas, as mulheres violadas; metade da cidade irá para o cativeiro, mas o resto do povo não será lançado fora da cidade.
3 Depois sairá o Senhor e pelejará contra aquelas nações, como peleja no dia do combate.
4 Nesse dia os seus pés pausarão sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente, e o monte das Oliveiras dividir-se-á em dois pelo meio, ao oriente e ao ocidente, formando uma muito grande abertura: uma metade do monte se separará para o setentrião, e a outra metade para o meio-dia.
5 Fugireis para o vale das minhas montanhas, porque o vale das montanhas chegará até Asai; fugireis como fugistes do terramoto nos dias de Ozias, rei de Judá. E virá o Senhor meu Deus, com todos os santos (para punir os inimigos do seu povo).
6 E naquele dia não haverá luz, nem frio nem gelo.
7 Será um dia contínuo, conhecido (somente) do Senhor, sem alternativas de dia e de noite: pela tarde não cessará a luz.
8 Nesse dia sairão de Jerusalém águas vivas, metade das quais correrá para o mar do oriente, e a outra metade para o mar do ocidente; correrão durante o estio e durante o inverno.
9 E o Senhor será o rei de toda a terra; naquele dia, Iavé será o único e o seu nome será único.
10 Toda a terra (de Judá) será transformada numa planície, desde Gabaa até Rimmon, ao meio-dia de Jerusalém. (Jerusalém) será exaltada e ocupará o seu lugar, desde a porta de Benjamim até ao sítio da antiga porta, até à porta do Ângulo, e desde a torre de Hananeel até aos lagares do rei.
11 Será habitada e não tornará mais a ser ferida de anátema; Jerusalém será habitada com segurança.
12 A praga com que o Senhor ferirá todas as nações que combaterem contra Jerusalém será esta: Apodrecerá a sua carne, enquanto (ainda) andarem de pé, apodrecer-lhes-ão os olhos dentro das suas órbitas, e apodrecer-lhes-á a língua dentro da boca.
13 Naquele dia haverá grande pânico entre eles excitado pelo Senhor; cada um pegará na mão do seu próximo, levantarão a mão uns contra os outros.
14 Também Judá pelejará em Jerusalém; juntar-se-ão as riquezas de todas as nações circunvizinhas: ouro, prata e roupa em grande abundância.
15 Os cavalos, os machos, os camelos, os asnos e todos os animais que se acharem naqueles arraiais, sofrerão a mesma ruína.
16 Todos os que restarem de todas as nações que vierem contra Jerusalém, irão (a ela) todos os anos adorar o Rei, Senhor dos exércitos, e celebrar a festa dos tabernáculos.
17 Qualquer das famílias da terra, que não for a Jerusalém adorar o Rei, Senhor dos exércitos, não receberá chuva.
18 Se a família do Egipto não subir nem vier, não cairá sobre ela (a chuva), mas será ferida da ruína, com que o Senhor atingirá todas as nações que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.
19 Este será o (castigo do) pecado do Egipto, este o (castigo do) pecado de todas as nações que não subirem para celebrar a festa dos tabernáculos.
20 Naquele dia se verá (escrito) nas campainhas dos cavalos: Consagrado ao Senhor. As marmitas na casa do Senhor serão como vasos de aspersão diante do altar.
21 Todas as caldeiras que houver em Jerusalém e em Judá serão consagradas ao Senhor dos exércitos; virão todos os sacrificadores e se servirão delas para nelas cozerem (as carnes consagradas); naquele dia não tornará mais a haver mercador na casa do Senhor dos exércitos.